Não observei os pássaros. Se morresse hoje, iria ignorante dos pássaros. Vejo-os à beira-mar. Costumam estar de costas, Debicam a areia. Voam cheias de ondas as gaivotas. Gritam. Perco-me na tradução do que me parece brutalidade e guinchos. Há de haver subtileza no que não compreendo, porventura uma hermenêutica matemática e física que rejeito, pois as asas abrem as gaivotas em naves gigantes que voam. Tento a aproximação pela forma. As aves são mãos que se intersectam na quilha. Escrevem com o cálamo hirto de tinta madrepérola. A transpiração das algas não as detem. Voam. Sempre. Põem-se longe e fazem-se perto. Comem ...
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