“Deixa as folhas assentar. Permite na chávena o Outono.” – disse de mim para mim. Vi-me a rodar no encantamento amarelo do chá. Se continuasse recolheria as folhas e os seus fragmentos, faria um pequeno monte, viveria além. Mas não podia. Não eram meus nem as folhas nem o arbusto, muito menos a terra, o ar e o sol, tão pouco o chá. Dali em diante contentar-me-ia com o perfume da lúcia-lima e a evocação de uma alegria original. Afastar-me da chávena quente custou-me o Inverno das mãos. Bebia-o, porém, nos sonhos e ...
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